quarta-feira, 10 de março de 2021
terça-feira, 9 de março de 2021
A Bela Adormecida
Os anos passaram e a vida continuou sem nenhuma
agitação; a princesa fez quinze anos e como devia acontecer, dormiu por longo
tempo até que um
belo dia, um jovem e corajoso príncipe dirige-se ao seu quarto e descobre a
mais bela jovem que nunca vira e, não resistindo, beija-a.
Nesse
momento, ela acorda, e a vida recomeça com um casamento suntuoso que os levaria
para uma vida feliz para sempre.
Não
se alegrem, é só um conto de fadas bem antigo que fez muitas jovens dormirem no
ponto e se deixarem levar por belas palavras e por doces beijos.
Ontem
ela foi adormecida. Ela só tinha quinze anos. Hoje ela acordou. Deixou de
sonhar? Não. Ela sonha com uma nova realidade.
“Vai
ser coxo na vida” é maldição para homem;
“mulher é desdobrável”, diz Adélia.
O
sentimentalismo romântico, que carregou a figura da mulher durante séculos,
está hoje, assistindo o seu final.
Em todos os tempos, a mulher, mesmo não concordando, aceitou viver um papel que não correspondia com seus anseios, porque a tradição machista lutava com veemência para fazer valer a sua palavra, a sua força.
Pouco
a pouco, os próprios homens vão percebendo que um mundo de que a mulher está
ausente é muito árido, muito solitário, sem sentido, sem calor. Ter uma mulher
dentro de casa o dia inteiro, sem conhecer o lado de fora, as belezas e
asperezas, é tirar dela a chance de se reconhecer como um ser social e
sociável.
Não
há dúvida de que a presença da mulher no mundo é a confirmação da possibilidade
de todos, homens e mulheres, continuarem a nascer e, embora esta seja a mais
simplista das afirmações, é bom lembrar a ambos, que quase sempre esquecem.
Como
faríamos nós, mulheres, sem a força masculina que protege o nosso medo?
Como
fariam eles, os homens, sem a força sensível que os impede de usarem a força
bruta, intempestivamente?
Como
faríamos nós, mulheres, sem esse caráter objetivo, definidor e arrojado que faz
o homem correr sem limites?
Como
fariam eles, os homens, se em toda a sua corrida de luta, não houvesse lá longe
uma imagem feminina que os estivesse esperando?
Poderíamos
criar dezenas de questões sobre o assunto e todas nos conduziriam sempre para a
mesma resposta. Deus não criou o mundo para o homem ou para a mulher, mas para
ambos, objetivando, além da procriação, uma convivência em que um e outro
estariam se beneficiando e se entregando. E é isso que nós estamos querendo
refletir aqui. Não basta saber que isso é uma verdade; é preciso fazê-la
acontecer.
Não
adianta criar uma delegacia de mulheres para resolver problemas alheios
baseados na força. É necessário que homem e mulher criem dentro de si a
responsabilidade de quererem ser e estar para construir. Quem constrói uma vida
não quer uma vida infeliz; toda árvore nasce e cresce para dar flores e frutos.
Assim é a vida.
Não
usa a força aquele que a troca pela inteligência.
Não
usa a força aquele que se reconhece humano.
Não
usa a força aquele que é capaz de usar a palavra.
Palavra
que nasce dentro do homem que nasce
dentro de uma mulher.
Quando
um homem deixa de usar a boa palavra para usar a força, ele está trocando o
plano de Deus. O mundo precisa dos homens, precisa das mulheres, mas nunca
dentro de uma arena se digladiando. O mundo precisa deles construindo um novo
projeto.
É
possível haver entre ambos os sexos, menos embate para que possa haver mais
responsabilidade pela vida do outro?
Perguntas e mais perguntas, sem respostas.
Cada um de nós pode pensar e responder só para si mesmo, pois a cada um
interessa a resposta. E, com certeza, a resposta existe e está na palavra.
Dia 8 de março comemoramos o “Dia
Internacional da Mulher”, e ficar remoendo fatos antigos como o que aconteceu
nos Estados Unidos, há um tempo atrás, não nos ajudará a chegar a um ponto comum.
A nobreza de uma pessoa não está no seu
gênero, mas na sua forma de ser e viver.
Pode parecer romântico, mas se homem e
mulher não encontrarem uma razão para sua união que não seja essa forma antiga
de pensar e ser, ficaremos a ver navios por muito tempo e, apenas uma palavra
será justificativa para uma briga, para a desunião.
Repasso aqui um poema que parafraseei de
Vítor Hugo, poeta francês, sobre o homem e a mulher. O dia é da mulher, mas ela
sozinha é sem graça. Aliás, é a mulher a geradora da vida e ela nunca escolhe o
que traz ao mundo. Um mundo de mulheres...? Será que alguma quer assim?
RELATIVISMO
“O Homem é a mais sublime das criaturas...” (V.Hugo)
O homem é o mais ousado das criaturas.
A mulher é o mais perspicaz dos seres. A ousadia descobre; A perspicácia
recupera.
O homem é um herói. A mulher a
domadora. O herói corre; A domadora percorre.
O homem é o topo. A mulher, a base. O
topo engrandece; A base segura.
O homem é a cabeça. A mulher os
membros. A cabeça pensa; Os membros envolvem. O homem é o sol. A
mulher, o luar. O sol ilumina; O luar transfigura.
O homem é a parte. A mulher o todo. A
parte depende; o todo compreende.
O homem é o lençol que cobre. A
mulher, a cama que espera. O lençol protege; A cama acalenta.
O homem é o amanhecer do dia. A
mulher, a noite que chega. O amanhecer
esclarece; A noite invoca.
O homem é o batalhador da vida. A
mulher é a geradora da vida. O homem ama a mulher; A mulher cria o homem.
O homem é criação divina. A mulher a divindade do homem.
A Criação é algo que se faz do nada; A divindade é a luz.
O homem foi feito para a mulher. A
mulher foi feita para o homem. O homem luta e vence; A mulher ama e une.
O homem é o ser da razão. A mulher a
razão do ser. Ambos se encontram; nenhum se sobrepõe.
Parabéns a todas as mulheres
machadenses!
Olga Caixeta Vilela é professora e
membro da Academia Machadense de Letras.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018



quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Em 2005, como funcionário público, sentia-se contrariado por não fazer o que mais queria. Posteriormente foi para o Colégio das Irmãs compartilhar seus ensinamentos.
Em setembro de 2017, na cidade de Machado-MG, Liz Franco (voz), Jônatas Alves (guitarra), Cleyton Aguiar (baixo) e Alexandre Henrique (bateria) se reuniram para fazer o que mais gostam: tocar Rock and Roll. Clássicos como Led Zeppelin, Janis Joplin, Black Sabbath, AC/DC, Creedence, entre outros, fazem parte da trajetória de cada um deles.
sexta-feira, 27 de outubro de 2017


domingo, 10 de setembro de 2017

Foto: http://www.soqueriaentender.com.br/pega-pegapega-ladrao/
sábado, 11 de junho de 2016

Gandhi desprezava a chamada civilização da época atual. “É apenas uma camada superficial que encobre um coração feroz... Não se importa nem com a moralidade nem com a religião.” Sua definição da civilização verdadeira: ”Boa conduta” cita Henry Thomas.
Quem entende de boa conduta? Nós, que vivemos cercados de descaso, de corrupção, de assombros, de afrontas diárias?
Pois é! E com tudo isso estamos ficando famosos. Não há uma semana em que a nossa cidade de Machado não anuncie um assassinato, um roubo de carro, um assalto à mão armada. Isso tudo são fatos corriqueiros já por aqui.
A televisão já ironiza quando se refere a Machado e também já fala em manter um plantão aqui, para facilitar seu trabalho, pois, antes mesmo de chegar ao local de saída, outra chamada os faz voltar.
Como podemos ver, a fama nem sempre é bom sinal: Machado, famosa, porque está batendo recorde em outras cidades nos fatos negativos,nas atrocidades que estão governando a nossa civilização moderna.
Sempre gostei de filmes faroeste: davam-me prazer assistir a eles pela TV e ver o “mocinho” chegar na hora certa e acertar os bandidos em “Rastros de Ódio”, “A Vingança de um Pistoleiro”, “ Promessa de Sangue”, “ O Dólar Furado”, a Série “Bonanza”, entre muitos outros.
Não preciso mais de TV para isso: não há mais distância entre realidade e ficção. Tais filmes andam acontecendo por aqui, (embora não deem nenhum prazer), debaixo dos nossos olhos, sem nenhum diretor cuidando de seu encaminhamento, e são de graça, mas, infelizmente, nunca aparece o “mocinho” para salvar ninguém.
Naqueles, os da TV, homens adultos eram seus personagens, trabalhando por uma carreira artística, para o sustento de suas vidas e de suas famílias; nestes, os de nossa cidade, são jovens, adolescentes que, matam por vingança, por uns gramas de droga, por vontade de mostrar poder.
Andam pelas ruas, esquecidos de si mesmos e de suas famílias que não sabem mais o que fazer por eles e, para eles, matar ou morrer, pouco importa.
Não buscam títulos de heróis, mas estão convencidos de que enchem de medo as ruas da cidade; têm pensamentos possuídos por forças maiores que os fazem acreditar que têm poder.
E nós, do outro lado, acreditamos que têm tal poder, já que estamos nos trancando cada dia mais em nossas casas, tentando resguardar-nos de ataques violentos ou de balas perdidas.
Alguém sabe o que fazer? Rezar adianta? Trancar todas as portas, colocar mais grades, alarmes e deixar acontecer do lado de fora, é isso?
Essa é a civilização moderna.
Alberti Cliffe nos conta que no Canadá Ocidental, há grandes florestas de árvores enormes, algumas das quais com milhares de anos de idade. Resistem a grandes tempestades, mesmo a terremotos e ventos furiosos. Entretanto, morrem frequentemente por causa de um pequeno inseto que penetra debaixo da casca e lentamente suga-lhes a seiva vital.
Assim é a preocupação: mina nossa vitalidade e pode nos trazer moléstias sérias. Ficaremos à espera das grandes moléstias, trancados em casa, destruídos em nossa vitalidade, sentindo horror ante os fatos e dizendo constantemente o mesmo chavão: Que Deus tome conta de todos nós?
Segundo o profeta Isaías o mundo melhor seria este: “ E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito, e o bezerro e o filhote do leão e o da ovelha viverão juntos; e um menino os guiará... porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. E as nações converterão as suas espadas em relhas de arados, e as lanças em foices: não levantará a espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear.”
Essa foi a formosa visão que Isaías legou a sua geração. E como o recompensou a sua geração? Como as gerações costumam recompensar os seus profetas. “Cortaram-no em dois, relatam os cronistas, com uma serra”.
Será que a civilização moderna se modernizou demais?
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*Olga Caixeta Vilela é professora de Português e membro da Academia Machadense de Letras.
segunda-feira, 25 de abril de 2016

Quando estão em campanha, seguram crianças no colo, distribuem beijos, sorrisos, apertos de mãos, abraços de "amigo urso"; além de consumirem aquele pastel quase verde na estufa (que será lembrado na manhã seguinte)...
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E,aí, quando vencem, sequer se lembram das mais simples promessas feitas aos cidadãos.
Se você tentar se aproximar de um deles, fatalmente levará para casa a lembrança de um soco, ou, se tiver muita sorte, apenas uma cotovelada.
Então, vai encarar essa, ou pretende dar um basta nas urnas?

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"Puta que pariu, pisa no freio Zé
Veja em nossa frente o tamanho do buraco
Puta que pariu, pisa no freio Zé
Se o pé de bode cair, nós vamo tudo pro saco..."
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Esta pegada enorme está localizada na Rua Tucano (Vila Centenário).
Peço para que a Prefeitura tome as medidas necessárias.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
DIA DO PROFESSOR
FOTO: http://sjvnoticias.com/sala-de-aula-ontem-e-hoje/