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terça-feira, 30 de agosto de 2011

LEMBREI-ME DE VOCÊ (Ana Lúcia Alves Martins)


Ana Lúcia Alves Martins nasceu no município de Poço Fundo-MG, aos 26/07/51. Filha de Francisco Geraldo Alves e Umbelina Cândida Alves é casada com Otávio Augusto Marins dos Santos, mãe de Otávio Júnior e Ana Marla.

Graduada em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Finanças de Machado em 1976, com Pós-Graduação Lato Sensu promovida pelo MEC/SESU/CAPES, na área de Administração, realizada na FEM em 1979.
Na área profissional foi contadora pelas firmas: Calçados Aliado Ltda., Aguardente Piorra, Proex-Produtores Rurais Ltda., Eletromarques e Fazenda Santa Clara. Exerceu também a profissão de professora no Colégio Comercial de Machado, onde lecionava a disciplina OSPB.

Mais tarde ampliou a grade horária, lecionando as disciplinas Educação para o Lar e Técnicas Comerciais, antes de ingressar no Banco do Brasil em 1982, onde trabalhou até aposentar-se em 2003. Além das atividades profissionais, foi tesoureira da Casa da Amizade (Rotary), e participou da Sociedade São Vicente de Paula e Companhia do Quilo (por 18 anos).

E na parte religiosa lidera, juntamente com o seu marido, um Grupo de Movimento de Encontro de Casais com Cristo desde 1981. Faz parte do Coral Cidade Presépio desde 1990.

Ajudou a promover o Primeiro e o Segundo Festival de Poesias em Machado, promovidos pela Tribuna Machadense.

“LEMBREI-ME DE VOCÊ” (2011 /Gráfica e Editora Gilcav Ltda), é o primeiro livro da autora que pretende lançar o segundo volume muito em breve.

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A verdade é que as palavras não escolhem espaço nem momento. Elas teimam em querer surgir... Só estão à espera daqueles que possam libertá-las da solidão das idéias para trazê-las para onde elas mais gostam de estar: nas páginas de um livro, preferencialmente chio de boas e deliciosas idéias.

(Profa. Flávia Ferreria Pereira /Revisora machadense)


O PRIMEIRO CONTATO (Cássius da Silva0


Certa vez, na ânsia de concluir um trabalho escolar, cercado de publicações dos mais variados autores e temas, e sem saber por onde começar despertei-me com um clique da minha esferográfica.

Eis que, como um “Deja Vu”, deparei-me com um antigo livro de contos em péssimas condições. O papel amarelado pelo tempo, perfurado por traças, empoeirado e suas páginas mal cheirosas. 

A tinta usada em sua impressão ainda mantinha um bom contraste, o que o tornava legível.

Então, no volver furtivo e detalhado de cada página, eu descobri algo novo: textos envolventes com assuntos, embora de séculos atrás, tão atuais e familiares que passavam não só a mim, mas a quem quer que os lesse  (leiam) uma profunda intimidade com o autor. 

Agora eu já podia empunhar aquela, cujo clique não mais soava irritante, mas frugal.

Tudo era simples, evidente e claro. Eu não precisava mais daquela pilha de publicações, pois tudo estava ali, em cada cor, som, ou lembrança. Daquela ponta esferográfica, as palavras fluíram com naturalidade e deitavam em cada pauta com a suavidade de uma pétala que pousava sobre a relva.

Eu compunha com mais idéias, indeterminado, mais livre. Não havia motivo para se preocupar com “Lapsus Linguae”... Sim era minha primeira crônica. Agora eu sabia que poderia escrever sobre qualquer coisa.

*cronista machadense

Lapus Linguae = erros de linguagem

A FESTA DE SÃO BENEDITO (Maria Eduarda Fernandes)


Chega o mês de agosto
Todo mundo em aflição
Tentando juntar dinheiro
Pra poder comprar de montão

Isso tudo só porque

A Festa de São Benedito chegou
As barracas estão armadas
E as culturas todas juntou

Os desfiles são esplêndidos
Muitas escolas participam
Vendo as congadas e festas
Quase todos se agitam

Quando a festa acaba

Ai que dó, judiação
A rua fica toda suja
E pra limpar, ninguém quer dar uma mão

Pra mudar essa realidade

Basta um conselho seguir:
Não jogar lixo no chão
É fácil, você vai conseguir

*Maria Eduarda Fernandes é poetisa de Machado-MG

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A OBRA DE CARLOS GOMES ( Larissa Ferreira Lucio)


             Quem sabe?

Quem poderia imaginar que um campineiro, sem recursos, sofrido, apelidado de Nhô Tonico  conquistaria o mundo com uma música de ópera mais brasileira do que nunca em um estilo romântico?  Só mesmo com muito talento!Talento que o engrandeceu, o fortificou e o levou além das fronteiras do nosso país, sendo o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no Teatro All Scala, na Itália!

O músico ANTONIO CARLOS GOMES, nasceu na cidade de Campinas em julho de 1836. A mãe, Fabiana Jaguari Gomes, fora assassinada aos vinte oito anos de idade, e o pai Manuel José Gomes, o Maneco Músico,  criou todos seus filhos com muita dificuldade e com eles formou uma banda iniciando-os nas primeiras notas musicais.

Nhõ Tonico alternava o trabalho em uma alfaiataria e o  aperfeiçoamento em seus estudos. Aos vinte e três anos, apresentou-se em vários concertos com pai e, nessa mesma época, compôs o Hino Acadêmico das Faculdades de Direito.

Recebeu bolsas para estudar em bons conservatórios rumo à Corte, porém não tinha recursos para partir, até que  apresentou-se pela primeira vez no Teatro de Ópera Nacional, onde foi levado para casa por uma multidão que o aclamava sem cessar.

A primeira ópera do  compositor foi  A Noite do Castelo. Dois anos mais tarde, compôs a ópera Joanna de Flandes, o que lhe rendeu uma mesada do imperador para estudar na Europa. Segundo Vasco Mariz (2000) a  bolsa de estudos era  para a Alemanha, mas o sonho de Carlos Gomes era a bela Itália e somente com a intercessão da imperatriz Tereza Cristina, filha do rei de Nápoles, foi possível a  mudança de destino. 

Feliz com a etapa conquistada, porém com coração apertado por deixar sua amada Ambrosina, sua primeira paixão. Tal tristeza resultou na bela música, Quem Sabe, cantada até hoje por nossa geração.

Nhô Tonico partiu em dezembro de 1863 levando consigo uma carta de recomendação do imperador para o rei Fernando de Portugal a ser entregue ao maestro Lauro Rossi diretor do Conservatório de Milão.   

As condições da bolsa previam uma grande obra nos primeiros dois anos de permanência na Itália. Nesta época, a ópera italiana dominava o mundo e Milão, a capital industrial, mantinha um público sofisticado e grandes editoras, consequentemente, a aceitação de um artista era muito rigoroso  e Carlos Gomes tinha em suas mãos a abertura para  conquistar todos os teatros o mundo.

Nosso compositor iniciou-se na Itália com um estilo ligeiro, ou seja, popular, chamando a atenção do público mais sofisticado para sua  música. Reconhecendo tal fato ele dizia: “Aquela musiquinha de realejo me ajudou a abrir as portas do Scala”.

A Grande ópera prometida para o imperador estava finalizada em 1870, O Guarani, e em março desse mesmo ano, foi estreada mais de 12 vezes com inúmeros aplausos. No seguinte, houve 15 récitas. Agora, o que tudo isso quer dizer? O que o Guarani, em especial, significou para o Brasil?

A partir da noite memorável de 1870, o Brasil nasceu para o mundo musical. Esse é o verdadeiro significado de O Guarani, a ópera nacionalista, uma mistura da essência das músicas de realejo e de ópera italiana.

Apesar de não ser sua maior obra, foi a que o imortalizou. Voltou ao Brasil diversas vezes para apresentações e por fim tomar posse do cargo de diretor do Conservatório do Pará, mas já  estava com a saúde muita debilitada.

Faleceu em 16 de setembro de 1896 no estado paraense, não chegou a assumir seu cargo no Conservatório. O corpo do compositor ficou exposto no conservatório de Música no Pará por 2 dias e após isso, ele foi sepultado em Campinas, sua cidade natal.



Larissa Ferreira
Licenciatura em História
Cesec- Machado
Pós Graduação em Psicopedagogia e Educação Inclusiva

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

RAIZ SUL MINEIRA

Oriel Rezende (o mestrando Buiu) fundou em Caçapava (SP), o grupo de capoeira “Caminho do Sol”. Posteriormente, Oriel ao mudar-se para a cidade de Alfenas-MG, alterou o nome para “Raiz Catinguelê”. 

 Como o número de pessoas interessadas cresceu, passou a designar-se definitivamente como “Raiz Sul Mineira”. Graças ao seu fundador, o grupo se espalhou em várias regiões do Brasil e Europa.

Trazida pelos escravos, a capoeira “Angola” (tradicional e de movimentos lentos), passou por algumas modificações, gerando novos estilos como: o “São Bento Pequeno”, ”Angolinha”, “Yuna” (jogada antigamente só pelos mestres); a “Benguela” e o “São Bento Grande”(este último de movimentos rápidos e ligeiros)

Em Machado, o Raiz Sul Mineira tem como responsáveis pela sua divulgação e desenvolvimento, os integrantes: Altieli Aparecido dos Santos, e Aclésius de Souza Mota que se dedicam de corpo e alma a este esporte. Altieli aprendeu os primeiros movimentos com o amigo Marcelo (que praticava  há algum tempo com o mestre Falcão).

Aclésius se interessou ao ver alguns praticantes “jogando” (praticando) na rua onde mora. “Aquilo trouxe-me uma energia positiva a qual nunca mais me deixou.”, disse.

O grupo não tinha, até então, um local apropriado para exibições. Mas, com o empenho da Presidente Sueli (Associação dos Congadeiros de Machado-MG), esse problema deixou de existir. Tempos depois, Altieli e Aclésius foram convidados pela Diretora Dona Luíza (E.E. Paulina Rigotti) a fazerem parte do Projeto “Tempo Integral” onde ensinariam aos alunos a origem, a arte e filosofia da capoeira.

Um projeto que visa trabalhar com os alunos do C.A.I.C e A.P.A.E, foi  desenvolvido por Altieli e pelo Prof. Paulinho Siqueira.

O Raiz Sul Mineira de Machado agradece o apoio dos seguintes patrocinadores: Sr. Adilvo (Bomboniere), Venak Tecidos, Supermercado Alaska, Todescato, Supermercado Silva e Café Itaguaçu.


O som do berimbau unindo Brasil e África... É a capoeira...!