JOSÉ ANTÔNIO MARIN
(UMA VIDA DEDICADA ÀS ARTES E AO CARNAVAL)
José
Antônio Marin nasceu no ano de 1954, em Poço Fundo-MG. Filho de pai italiano e
mãe turca começou a trabalhar a partir dos 8 anos. Foi carroceiro, agricultor,
gari e vendedor de doces.
Aos
20 anos aprendeu a lidar com Estética Capilar num salão de beleza administrado
por sua irmã. Por ter adotado os cabelos compridos sofreu humilhações
tornando-se uma pessoa isolada. Apredeu a arte de desenhar tendo como
modelo sua amiga Pepeca Braga.
No
Colégio Agrícola, em Rio das Pedras (SP), cortava os cabelos dos internos e bordava em camisetas para sobreviver. Mais
tarde partiu para a capital onde trabalhou com tapeçaria. Durante 2 anos morou em
São Carlos do Pinhal (SP) onde trabalhou
com o famoso cabeleireiro Odacir.
De
volta à Poço Fundo, José teve seus primeiros contados com escolas de samba da
região onde passou não só a desfilar, mas a fornecer fantasias para as mesmas e
convidar destaques para enaltecê-las.
Foi
nessa época que conheceu Jorginho Diniz, diretor da Escola de Samba machadense “A Voz do Morro” onde passou a
desfilar.
Anos depois, ingressou-se na “Acadêmicos do Samba” permanecendo por
20 anos.
Em
meados de 1980, realizou o primeiro desfile de fantasia no Clube dos 30 sob a
direção de Costa Neta e José Cláudio. Em 1999, com o apoio da então secretária
da Educação e Cultura Maria José Gonçalves e do ex-Prefeito José Miguel, organizou
um desfile de fantasia no Poli-Esportivo Tancredo Neves.
Na
capital de São Paulo, desfilou na Vai-Vai, Barroca da Zona Sul, Rosas de Ouro,
Mocidade Alegre, Camisa-Verde e Braco e águia de Ouro, além de outras agremiações
da grande metrópole.
No
Rio de Janeiro, foi destaque – no decorrer de 10 anos – nas Escolas de Samba: Viradouro
e Vila Isabel. Em 2010, com o objetivo de revitalizar o carnaval machadense,
fundou a Escola de Samba Acadêmicos do Lago.
José
Antônio Marin é artista plástico influenciado pelo “Cubismo”, arte criada por
Cândido Portinari. Seus quadros já foram expostos na região sul de Minas e na
cidade paulista de Embu das Artes.
O
apresentador e escritor Jô Soares foi agraciado com um quadro oferecido poe el.
“Antigamente
as pessoas levavam confetes, serpentinas e crianças para verem o carnaval.
Hoje, elas levam revólveres e urinam nas beiradas das portas.”
(José Marin
/carnavalesco natural de Poço Fundo-MG)