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sábado, 18 de setembro de 2010

ACADEMIA MACHADENSE DE LETRAS PREMIA VENCEDORES DO VII CONCURSO PLÍNIO MOTTA DE POESIAS.


Em noite solene, na quarta-feira, no salão da Biblioteca Municipal Prof. Gentil Vianna da Silva, a Academia Machadense de Letras promoveu a etapa final do VII Concurso Plínio Mota de Poesias,com a premiação dos vencedores nas duas categorias: até 16 anos e acima de 17 anos.
            
Aberto em maio passado, o concurso que já se tornou conhecido em quase todo interior mineiro e em outros estados brasileiros recebeu inscrições, além de Machado, de participantes de cidades como Cordislância-MG, Americana-SP, Santa Maria-RS, Aracaju –SE e Fortaleza-CE.
            
Realizado em duas etapas - a fase classificatória terminou no dia 16 de agosto, com a divulgação dos 10 classificados de cada uma das duas categorias, - o concurso que em sua sétima versão considerado um dos melhores, pelo alto nível dos poemas apresentados, conforme afirmou o presidente da Academia Machadense de Letras, prof. Adalto Simoni.
           
Presente à solenidade, o prefeito Roberto Camilo Órfão de Morais, enalteceu a iniciativa da Academia: “Este concurso ela sua importância e pelo que representa para a nossa cultura, vem engrandecer a nossa cidade, principalmente neste ano em que a Academia Machadense de Letras assumiu com a administração municipal a incumbência de realizar sob sua responsabilidade as festividades relativas ao 129° aniversário de Machado: estamos orgulhosos e agradecidos por esta parceria com a nossa Academia de Letras”.
            
Além deste concurso, este ano, todas as festividades do aniversário de Machado como a apresentação do grupo italiano Amarcord, Encontro de Bandas, Desfile Comemorativo e Festival Sertanejo, acontecem sob a responsabilidade da Academia Machadense de Letras.


*A SOLENIDADE

Aberta pelo presidente Adalto Simoni, que saudou público e os participantes e ouvido o Hino Nacional Brasileiro, o responsável pelo Cerimonial da Academia José Vítor da Silva discorreu brevemente sobre a ordem do Concurso, passando a palavra para a acadêmica Dra. Jussara Neves Rezende que em rápidas palavras falou da importância da poesia.


*VENCEDORES

Categoria I (até 16 anos)

1° lugar (Prêmio: R$ 300,00)
Poema: A boneca moleka – Autora: Maria Paula Lucas Costa

2° lugar (Prêmio: R$200,00)
Poema: Se minha mãe fosse Marte – Autora: Sabrina V.Guerra

3° lugar (Prêmio R$150,00)
Poema: Poesia – Autora Bianca Ribeiro Bornelli

Melhor intérprete: Sildes Henrique (Riquinho)
(Prêmio: R$150,00)


Categoria II (a partir de 17 anos)

1° lugar (Prêmio: R$500,00)

Poema: Amor não perecível – Autora: Ana Maria Gonçalves

2° lugar (Prêmio: R$300,00)
Poema: Verdades Poéticas – Autor: Diego Isaías Crispin

3° lugar (Prêmio: R$200,00)
Poema: Mal da Humanidade – Autor: Maurício Fernandes

Melhor intérprete: Ana Maria Gonçalves
(Prêmio: R$200,00)

A premiação oferecida pela Academia Machadense de Letras incluiu Diplomas de Participação para todos 10 classificados de cada categoria, além do participante mais idoso e mais novo do Concurso.Os prêmios tanto em dinheiro como em Diplomas oferecidos aos vencedores e classificados foram pagãos pela Academia, através de subvenção recebida de Convênio celebrado com o Município.


*JURADOS

A Mesa de Jurados esteve assim formada:

Avaliação dos poemas: prof. Itamar Rodrigues (Academia paraguense de Letras), funcionária da biblioteca Mônica Bíscaro Vieira e gerente da Casa da Cultura Rosa Maria Signoretti Araújo.

Avaliação de interpretação: profa. Eva Caixeta dos Santos, desenhista e poeta Juliano da Silva Santos e acadêmica Ana Maria Brigagão de Carvalho Issa.


*PRESENÇAS


Além dos membros da Academia Machadense de Letras (Jussara Neves Rezende, Ana Maria Brigagão de Carvalho Issa, Celma Lúcia Nogueira, Josué da Silva Lucas, Lúcia Almeida e José Vítor da Silva), do prefeito municipal, prestigiaram a solenidade os secretários municipais Manoel de Souza (Governo), a diretora de Eventos Marisa Barros, a gerente da Casa da Cultura Rosa Maria Signoretti Araújo, o diretor de Comunicação do Município Pedro Niraldo Alves, as diretoras escolares Cristiane Scalco (Colégio Unimape), Zuleica Rabelo (Cefem), Mônica Soares (Cespacc/SESI), Marili Andrade (CCAA), Fábio Couto Brigagão (CESEC), Caroline Cunha Santos (professora Unicol/CESEP), alunos do 6° Período de Letras do CESEP, e um expressivo número de parentes e amigos dos participantes do concurso.

*ENCERRAMENTO

O encerramento da noite solene, com a proclamação dos resultados e premiação dos vencedores foi marcado pelas palavras do presidente da Academia, Adalto Simoni Pereira, e coquetel oferecido aos presentes.
Em seus agradecimentos, o presidente da Academia ressaltou o apoio da Prefeitura, e pela Diretoria de Eventos e faz menção especial às funcionárias da Biblioteca Municipal que prepararam o local para a realização do Concurso.

Fonte:
A Folha Machadense  - sábado, 11 de setembro de 2010 /Ano XXXVI. Edição 1.836

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

GRUPO MUNDO TEATRO (ALFENAS/MG)

Este dia 01/09/2010 vai ficar marcado na história do GRUPO MUNDO. As 20:00 horas estávamos apresentando o nosso espetáculo (pãofogehomemmigracadêlei?) no bairro Jardim Alvorada para alunos da rede municipal de ensino e moradores do bairro, e as 22:00 horas já estávamos apresentando novamente para os estudantes da Universidade Federal de Alfenas, que representam a outra ponta do cenário educacional brasileiro. 

O que nos fez mais feliz esta noite, é que podemos viver a democracia pelo menos no que tange ao “nosso” teatro. Ver o sorriso alegre no rosto das crianças e sentir os fortes aplausos do doutores da academia, nos faz crer que estamos conseguindo bem devagar comungar a nossa maneira de fazer arte com todos os cidadãos.
Forte abraço a todos!
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pãofogehomemmigracadêlei?

O “pãofogehomemmigracadêlei?” é um espetáculo representado por quatro atores, que transitam pelos textos da literatura de cordel, para narrar a saga do homem sertanejo, sem nome, sem pão, sem eira e beira.
Fazendo uso de rimas da literatura de cordel, com os textos do capixaba Pedrinho Gotara “O pão nosso de cada padaria”, o “ABC do nordeste flagelado” do consagrado Patativa do Assaré e “Cordel da fome” do brasiliense Gustavo Dourado. 

O grupo também utilizar de artifícios lúdicos como pernas-de-pau, cavalinho de madeira customizados com chitão, colheres gigantes que se transformam em espadas, bandeiras do Brasil e do Estado de Minas, que nas mãos das atrizes ora é um bebê, ora é um lenço que enxuga as lágrimas da mãe sertaneja.

O espetáculo tem inicio com o homem gigante (ator sobre pernas-de-pau) que representa a grande massa que sai a procura do pão, que existe em abundância mas que não chega a quem precisa, deixando explicita as diferenças sociais e econômicas. Depois passa a narrar a saga de homens e mulheres sertanejas que sem ter como alimentar seus filhos pela seca e pelo descaso do poder, acabam sem alternativas, migrando para os grandes centros, inchando ainda mais o exército de mão de obra ociosa e explorada nas grandes cidades.

Chegando a terceira e última parte do espetáculo, com o texto “Cordel da fome”, onde é feita uma pequena homenagem ao grande Josué de Castro autor da obra “Geografia da fome”, tocando fundo na ferida do descaso social e político brasileiro além de criticar a arrogância do sistema capitalista e latifundiário que vê o HOMEM apenas como uma peça para a realização de seus objetivos. Culminado com uma grande ciranda, já que uma das principais características do homem brasileiro é sua alegria e disposição para transpor as dificuldades lhe impostas diariamente.

Todos os detalhes foram minuciosamente criados para que houvesse comunhão entre a didática e a arte, objetivando levar aos expectadores um teatro inteligente, simples e lúdico. Inteligente porque não poderia jamais subestimar sua capacidade intelectual, simples porque teria que penetrar no seu universo físico/geográfico e lúdico, pois, somente por meio dele, é possível penetrar nesse mundo particular de cada ser humano.

Na ciranda da vida
É preciso ter o pé no chão
Pro mundo rodar bonito
Como quer toda nação

Por isso nossa presença
É pra chamar a atenção
Que a fome é uma doença
Que tem que entrar em extinção.

(Anselmo Cesário)