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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER (Patrícia Marcelina Chagas)

Qualquer mulher pode ser vítima da violência não importa se ela é rica, pobre, branca, negra; se vive no campo ou na cidade, se é moderna ou antiquada; católica, evangélica, atéia ou umbandista. A única diferença é que as mulheres mais ricas conseguem esconder melhor sua situação e têm mais recursos para tentar escapar da violência.             .
A violência doméstica contra a mulher não se caracteriza somente por aquilo que é visível e que é tipificado no Código Penal. É muito mais do que isso. O hematoma, o arranhão e a ameaça que leva a mulher a pedir a ajuda são muitas vezes apenas a ponta de um iceberg. Por trás dessas manifestações aparentes pode haver: Um risco real e iminente de homicídio, meses, anos ou décadas de abusos físicos, emocionais ou sexuais, um medo profundo que enfraquece e paralisa a vítima, uma longa história que envolve pequenos atos, gestos, sinais e mensagens subliminares, usados, dia após dia, para manter a vítima sob controle.
 Violência contra as mulheres é um drama complexo e muito mais freqüente no Brasil do que se imagina. Para lidar com um problema que envolve relações afetivas, projeto de vida, dor, vergonha e humilhação, é necessária a adoção de políticas públicas, de caráter universal, acessíveis a todas as mulheres e que englobem as diferentes modalidades nas quais a violência se expressa; é preciso combater a violência punindo os agressores, mas é preciso, sobretudo, evitar que a violência aconteça.
É preciso apoiar as mulheres que vivenciam a violência no processo de reconstrução de suas vidas. É preciso que elas tenham poder para mudar o rumo de suas histórias. É preciso que governos e a sociedade civil trabalhem juntos para mudar a cultura machista e patriarcal que justifica e estrutura a violência; o comportamento violento é um dos maiores desafios no enfrentamento à violência contra a mulher.
 Se quisermos construir uma cultura de paz e de respeito aos direitos humanos de todas as pessoas, esta construção começa em casa; toda mulher tem o direito a uma vida livre de violência.

*Patrícia Marcelina Chagas é aluna do 6° período do curso de Serviço Social (CESEP/Machado-MG)

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