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sexta-feira, 27 de maio de 2011

OBRA VERSIFICADA NÃO IDENTIFICADA

Ao som de um hino evangélico,
Surge um boi mameluco; boi de fita.
Um boi maluco, psicodélico; 
Que rumina saudades e defeca solidão.
Xabu nos computadores e o mofo deu nos cd's.
Deu o zererê, cachorro em 90: bundalelê...
E o artista continuou discriminado e jogado a boléu.
Fidalgos mendigos jantando pão com pãono cinco pontas....
E lá se vai a tua cabeça a boiar nas águas do Capibaribe.
Ela está bêbada por ter enchido a cara de vinhoto no bar Savoy.
Ela está inchada pela derrota do time do coração...
Mas pula da água suja pro calçamento escaldante 
E sai dançando ao som de um maracatu
Afrociberdélico pela rua da Imperatriz.
Todos os termômetros da cidade enlouqueceram!
Eles marcam zero grão de terra na cara dos sem.
E vem você de novo, fazendo bamburim de xoxota.
Pena que você não nota que o prêmio é dividido por mais de cem:
Uma tuia de machos esperando numa fila sem fim.
Derrubei a grande estante por cima dos bacharéis!
Eles são senhores, caros senhores;
Valendo pouco mais de dois mil réis.
Um verso perverso, louco;
Como o gato de Alice e o seu sorriso sacana.
Catedráticos de fama se estarrecem.
E os mendigos do Brasil
Com suas roupas de amianto agradecem.
A-gra-de-cem!!!
 *Malungo (Pernambuco)

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