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quarta-feira, 17 de abril de 2013

SOMBRAS


Sombras

Amiúde em flagelo no meio da noite
Acordo e ouço um sussurro no ouvido
Apresso-me, corro e anoto o que ouço
Mas nem sempre sei qual é mesmo o sentido
Confuso e contido penso estar louco
Introspectivo crendo que é um delírio
Contudo obedeço não me finjo de mouco
Se não escrevo esqueço o que me foi dito
E com muito esforço sem quebrar o rito
Com a mente em estado de total absorto
As mãos psicografam o sombrio manuscrito
Inquieto e esvaído peno não estar morto
Talvez se estivesse não tivesse ouvidos
Tampouco sentido tantos desconfortos

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